Futebol não é coisa do capeta, você que é!



Hoje (05), dia do aniversário do Clube do Remo, resolvi gravar mais um vídeo do Poderoso Remista, um torcedor zoeiro, que não ofende ninguém e que arranca gargalhadas até de rivais, por apenas zoar. Não foi apenas um "parabéns pra você", ao final de 1 minuto e 46 segundos de vídeo, fomos atacados por fanáticos religiosos que de sua residência fizeram uma verdadeira "sessão de exorcismo", aos gritos de "demônios", "endemoniados", "podres espirituais", "enfermos", "idólatras" e muitas outras "ofensas em nome do Senhor".

Quem sou eu

Evangélico, nascido e criado na Assembleia de Deus, desde pequeno aprendi com minha mãe, a amar à Deus, ao próximo, a cultura da minha terra e ao futebol. Família inteira remista, começando pelo avô, apesar do pai ser Paysandu e ter comprado um conjunto bicolor pra me vestir, quando ainda criança. O lado azulino da mãe leoa pesou mais alto.
Segui pelo caminho azul marinho, e junto com ele, o amor por ser paraense e amar tudo daqui, apesar de tudo não ser tão limpo ou lindo. Infelizmente na minha infância fui afastado do meu time por um fanatismo religioso que acredita que Remo e Paysandu são "coisas do diabo", que torcer por um time de futebol é idolatria. É claro que ainda existem pessoas que brigam, matam, ofendem por futebol, mas longe de mim, como bom paraense, ferir um irmão de terra e cultura por ser vestir com um tom de azul diferente do meu.
Ser remista, ser torcedor paraense nunca me atrapalhou de ser cristão ou de seguir os ensinamentos de Cristo, bem como ser ativo no trabalho de evangelização nas ruas.

Opinião

O futebol sempre será uma forma de lazer, e como vivemos em um país livre, você pode gostar ou não, porém você não tem o direito de agredir ou ofender pessoas que não acreditam no mesmo que você, ou da mesma forma que você. Se eu, evangélico praticante, membro da Assembleia de Deus, não escapo do fanatismo religioso, o que dirá que pensa totalmente diferente. Um desabafo do Poderoso remista, Leão duas vezes. Leão de Judá e do Pará.


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